Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)

O que é? O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. Acomete 1 a cada 20 crianças e adolescentes e permanece em 50%...

O que é?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Acomete 1 a cada 20 crianças e adolescentes e permanece em 50% de adultos. No mundo, mais de 330 milhões de pessoas são portadoras do transtorno. Isso representa mais de 5% da população mundial.

O TDAH é o transtorno comportamental mais comum e a segunda doença crônica mais prevalente na infância, sendo necessário acompanhamento multidisciplinar e garantir seguimento desses pacientes na adolescência e na fase adulta pelos riscos de persistência do transtorno e de evoluir com outros problemas de saúde mental.

Com o passar do tempo e a puberdade, os sintomas de desatenção tendem a persistir e o sintomas hiperatividade tendem a diminuir, dificultando o diagnóstico de TDAH em adultos comparado às crianças.

Causas

Genético – Familiares com TDAH têm 5 vezes mais chances de desenvolver a doença. Estima-se que 76% dos casos de TDAH são de origem familiar. Biológico. Existe a hipótese de diminuição do funcionamento do córtex pré-frontal com baixa dopamina à direita para os desatentos e à esquerda para os impulsivos e noradrenalina.

Sintomas

  • Desatenção;
  • Impulsividade e agitação;
  • Problemas com o sono;
  • Irritabilidade;
  • Fala excessiva.

Diagnóstico

O Diagnóstico é clínico realizado de preferência através de uma equipe multidisciplinar composta por: Psiquiatra, psicólogo, neuropsicólogo, psicopedagogo e terapeuta Ocupacional.A aplicação de escalas e o teste neuropsicológico são medidas complementares que auxiliam no diagnóstico.

Comorbidades

Os principais transtornos que podem coexistir aos portadores de TDAH são:

Transtornos de aprendizagem (dificuldade em algum tipo de matéria) – dislexia, discalculia, transtornos de ansiedade, dependência química, Transtorno Bipolar e depressão.

Tratamento

Intervenções psicossociais, Psicoeducação, Terapia psicológica, Medicamentos Psicoestimulantes, dentre eles o Metilfenidato e a Lidesxanfetamina.

Orientações complementares

Cuidados com o sono, alimentação saudável e exercícios físicos regulares, exercícios respiratórios, meditação mindfulness, conexões sociais saudáveis e cuidados com a espiritualidade fazem parte do tratamento.

Importante dizer que quando não diagnosticado e tratado o TDAH traz sérios prejuízos para a vida acadêmica, social, familiar e laboral.

Dentre eles:

  • Atrasos nos compromissos.
  • Acidentes de trânsito, multas.
  • Dificuldades nos relacionamentos – maior número de divórcios.
  • Tem até 2 vezes mais chances de uso de drogas ilícitas.
  • Maiores taxas de demissão nos empregos.
  • Procrastinação- dificuldade de iniciar tarefas, principalmente, tarefas de concentração.
  • Dificuldade de priorizar tarefas e otimizar o tempo.
  • Dificuldade de organização de contas, compromissos com filhos.

Importante saber que TDAH:

  • Não é preguiça ou má vontade, os portadores de TDAH realmente têm enorme dificuldade para organizar as atividades do dia a dia, manter horários e planejar o futuro;
  • A necessidade de desenvolver algumas técnicas para compensar as dificuldades próprias da TDAH (uso de agenda, lugar fixo para guardar os objetos, lembretes colocados em posições estratégicas e em quadros de avisos, lista de tarefas e dos compromissos diários e semanais) exige muito esforço e disciplina;
  • Pais e professores devem manter-se informados sobre as características da doença e intervenções que podem ajudar os pacientes a superar suas limitações;
  • A psicoterapia é eficaz na recuperação da autoestima, quase sempre comprometida pelos sentimentos de fracasso e frustração provenientes das dificuldades de lidar com situações rotineiras.
  • Recomenda-se que a psicoeducação ocorra de forma didática e em linguagem adequada ao público-alvo, que pode ser constituído por pacientes, familiares, educadores e profissionais da saúde.
  • A transmissão desses conhecimentos pode assumir diferentes formatos, tais como: encontros individuais entre profissional e paciente, encontros grupais (mais de um paciente), palestras, rodas de conversa, vídeos ou indicação de livros sobre o assunto ou postagens como esta, em que você pode inclusive interagir com os autores através dos comentários.

Compartilhe este conteúdo

Facebook
WhatsApp
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Você também pode se interessar por...

AdobeStock_229127642

Publicações

Medicina e Espiritualidade

Como essa união pode transformar sua saúde. Você já parou para pensar...
Dr Munir Jacob Filho
natureza

Publicações

Depressão e o Contato com a Natureza

Em meio à rotina acelerada e aos ambientes urbanos cada vez mais...
Dr Munir Jacob Filho
Portrait of woman with bulldog at home. Horizontal view of woman

Publicações

Depressão e animais de estimação

Depressão e Animais de Estimação: uma conexão que faz bem à almaQuem...
Dr Munir Jacob Filho